Em uma mensagem de áudio, Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, braço militar do grupo terrorista Hamas, deu o que chamou de "u...
Em uma mensagem de áudio, Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, braço militar do grupo terrorista Hamas, deu o que chamou de "ultimato" em relação ao contra-ataque israelense à Faixa de Gaza. Ele disse que reféns capturados nos últimos dias em Israel serão executados e que esses assassinatos serão transmitidos ao vivo.
"Qualquer alvo de civis inocentes sem aviso
prévio será recebido com pesar para dizer adeus, executando um dos reféns sob
nossa custódia. E seremos obrigados a transmitir essa execução. Lamentamos
ainda essa decisão, mas responsabilizamos o inimigo sionista e sua liderança
por isso", disse Obeida, em um comunicado exibido na tarde desta
segunda-feira (9) pela emissora de TV Al Jazeera.
Estima-se que pelo menos uma centena de civis e
militares tenha sido sequestrada pelo grupo, que ingressou por terra em
território israelense no sábado (7), provocando terror em áreas
residenciais.
Cidadãos israelenses e estrangeiros estão
desaparecidos. Muitos deles, acredita-se, tenham sido levados para Gaza.
Os bombardeios de Israel ao enclave palestino,
dominado pelo Hamas, começaram ainda no sábado, mas se intensificaram nesta
segunda-feira.
"Nas últimas horas, sofremos, como resultado
dos danos impostos aos nossos irmãos e irmãs, nas mãos dos ataques fascistas,
bárbaros e sionistas, que tiveram como alvo prédios residenciais. Portanto,
decidimos pôr um fim nisso", falou o representante do Hamas ao anunciar
que o grupo retaliaria os ataques com as execuções transmitidas.
A transmissão de assassinatos de reféns é uma
estratégia que se difundiu, principalmente, com outro grupo terrorista, o
Estado Islâmico.
O Exército de Israel planeja entrar em Gaza por
terra nas próximas horas. Segundo a Al Jazeera, pelo menos mil alvos naquela
localidade já foram atingidos por mísseis israelenses.
Mais cedo, o ministro da Defesa de Israel, Yoav
Gallant, ordenou um
"Estamos impondo um cerco total à Gaza [...].
Nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás, tudo bloqueado", disse
Gallant em um vídeo, referindo-se à população desse território palestino,
habitado por 2,3 milhões de pessoas. "Estamos lutando contra animais e
agimos em conformidade", acrescentou Gallant.
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações
Unidas), António Guterres, pediu, em um pronunciamento hoje, ao governo
israelense que permita a entrada de ajuda humanitária no local.
Pelo menos três brasileiros estão desaparecidos em
Israel depois dos ataques do Hamas, na madrugada de sábado (7). Eles estavam em
um festival de música na região sul do país, que foi alvo dos primeiros ataques
por parte do grupo terrorista.