A pós uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o chefe do PL, Valdemar Costa Neto, espera filiar o mandatário ao partido n...
Valdemar e Bolsonaro se encontraram no Palácio do Planalto
para fechar os últimos detalhes da entrada do presidente no PL. Além de
Bolsonaro, políticos aliados devem migrar para a mesma legenda.
Bolsonaro está sem partido desde que rompeu com o PSL no
final de 2019.
Sem conseguir estruturar uma nova legenda --o Aliança pelo
Brasil--, Bolsonaro iniciou conversas com outros partidos, entre eles o PL e o
PP.
De acordo com o próprio Bolsonaro, a ida para o PL está
99,9% confirmada e depende de detalhes.
Em entrevista a uma rádio do Espírito Santo, na manhã desta
quarta-feira (10), ele disse que pretendia concluir algumas negociações sobre
São Paulo para bater o martelo.
"Se eu vier a disputar a reeleição, eu quero ter um
candidato ao governo do estado em São Paulo, um candidato ao Senado e uma boa
bancada de indicados", disse.
"Está faltando acertar esse pequeno detalhe com o
Valdemar, que eu acredito que a gente acerte no dia de hoje".
A ideia de aliados do presidente é que a entrada de
Bolsonaro no PL consolide uma chapa à reeleição que também deve ter o PP e o
Republicanos como pilares de sustentação.
O plano é que o PP, partido do ministro Ciro Nogueira (Casa
Civil), indique o vice de Bolsonaro.
Auxiliares palacianos dizem acreditar que a filiação ao PL
é a forma mais garantida de amarrar a sigla com o presidente em 2022, evitando
uma eventual neutralidade ou, pior, debandada para apoiar outro candidato, como
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Aliados também veem certa dose de pragmatismo na escolha do
partido. A avaliação é que o tempo de televisão será crucial na disputa e o PP
já é dado como certo na coligação. Assim, com o PL, Bolsonaro teria ainda mais
exposição no horário eleitoral.