Foto//google Dois policiais militares envolvidos na no homicídio que vitimou o delegado José Carlos Mastique ocorrido no último doming...
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Dois policiais militares envolvidos na no
homicídio que vitimou o delegado José Carlos Mastique ocorrido no último domingo
(28), foram presos nesta terça-feira (30 abril) em cumprimento a mandados
judiciais. Segundo informações, os acusados que não tiveram os nomes divulgados
trabalham no 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Itabuna, cidade aonde
ocorreu o crime. Ambos foram levados para ser ouvidos na sede da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do
Interior (Coorpin/Itabuna), que investiga o caso em parceria com a
Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
Eles
terão prisão temporária de até 30 dias. Segundo informações do delegado do
Departamento de Polícia do Interior (DEPIM) Flávio Góis, representantes da PM estão
acompanhando o trabalho de investigação a fim de esclarecer os fatos.
Versão
das supostas vítimas
Segundo matéria do site Correio, a morte do
delegado ocorreu num posto de combustível, no Bairro Jardim Vitória, onde segundo
informações o delegado Mastique havia ido para defender uma mulher vítima de
violência por um suposto policial militar à paisana, de acordo com o Sindpoc. A
mulher seria namorada do militar.
A
versão do Sindpoc para o crime narra que o delegado, que estava com uma mulher
e um investigador da Civil, identificado como Figueiredo, da delegacia de
Cajazeiras, tinha ido ao posto para comprar cigarros e viu as agressões.
Durante
a confusão, o delegado teria notado que havia cinco pessoas e que o agressor
era um policial militar. O próprio Mastique ligou para a Central da PM para
pedir reforço e, segundo o Sindpoc, avisou que havia policiais civis no local.
Ao
chegar, os policiais do 15º BPM abordaram o delegado e o investigador já
na avenida em frente ao posto e mandaram que eles se deitassem no chão.
O delegado se recusou a obedecer e mostrou sua identificação.
Ainda
segundo o sindicato, os policiais militares pegaram a arma que estava na
cintura do delegado, que informou que ainda tinha outra arma na cintura, nas
costas. Ao pegar a outra arma para entregar aos PMs, ele levou um tiro no
peito.
“Foi um assassinato”, disse
o presidente do Sindpoc Eustácio Lopes. De acordo com ele, “a PM está soltando várias versões para
confundir a população e não expor essa situação de um policial militar agredir
a própria mulher”.
Outra versão
A versão do 15º BPM é bem diferente da do Sindpoc. Segundo o batalhão, antes do crime, o delegado estava com o carro estacionado no Posto Jequitibá. Um morador que passou pelo local, por volta das 4h, estranhou o carro parado e viu que havia um homem armado no veículo.
A versão do 15º BPM é bem diferente da do Sindpoc. Segundo o batalhão, antes do crime, o delegado estava com o carro estacionado no Posto Jequitibá. Um morador que passou pelo local, por volta das 4h, estranhou o carro parado e viu que havia um homem armado no veículo.
A
testemunha teria entrado em contato com a PM informando que suspeitava de
que ocorreria um assalto no posto. A PM informou que esteve no
local, notou que o suspeito estava “alterado”
e que sacou a arma, sem se identificar como delegado. Foi quando ele teria
levado o tiro no peito.
O
CORREIO tentou apurar junto à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
de Itabuna se havia queixa de vítima que tinha como agressor um policial
militar, mas foi informado que não seria possível averiguar essa informação.
A
Secretaria da Segurança Pública da Bahia informou que “determinou apuração rigorosa da
ocorrência envolvendo uma guarnição do 15° BPM (Itabuna) e o delegado José
Carlos Mastique de Castro Filho”. A versão da SSP para o fato
permanece a mesma da PM, de que os policiais militares “apuravam uma denúncia de roubo”.
O
corpo de José Carlos foi enterrado nesta segunda-feira (29). O enterro ocorreu
no Cemitério do Campo Santo, no bairro do Pontalzinho, na própria cidade
itabunense. O delegado, que estava há 15 anos na Polícia Civil e era
lotado na 13ª Delegacia Territorial (Cajazeiras), em Salvador, era casado e
deixa um filho.
